Por tratar de dilemas irrespondíveis, “Eu Maior” começa e termina com os grandes questionamentos que nos deparamos durante a vida. Por que eu existo? Quem ou o que é Deus? Por que existe alguma coisa e não nada? E, principalmente, é possível ser feliz?
O documentário aposta que o segredo para felicidade é o autoconhecimento. Para tanto, mostra a busca pela satisfação através de 30 entrevistados (entre eles, Mario Sergio Costella, Marina Silva e Letícia Sabatella) que encontraram O significado da sua vida quando descobriram suas singularidades. Há quem é feliz quando surfa, pinta, fotografa ou pratica alpinismo. Todos tentando responder “os comos” (cientistas, médicos) e “os porquês” (líderes espirituais).
Não há respostas definitivas, mas muita sobriedade. Sutilmente, porém, através não apenas da escolha dos entrevistados, mas também da trilha sonora gotejante e das belas imagens, o filme indica que o despertar possa ser encontrado na natureza. O contato com a neve, com a montanha, com a floresta, com o mar seria libertador para se livrar dos seus fantasmas e encontrar um sentido para a vida, de acordo com o filme.
O documentário é um mosaico de uma bem-vinda tomada de consciência de pessoas que perceberam o esgotamento do modo de vida contemporâneo. Todos entenderam que a inquietude e o autoconhecimento, de alguma forma, é o que nos fazem mortais, mas também nos torna humanos.
A ideia dos diretores e irmãos Fernando e Paulo Sclhultz, ambos formados em cinema nos Estados Unidos, não só é louvável como também foi vanguardista no Brasil. Lançado em 2013, Eu Maior trouxe na essência de sua realização as reflexões abordadas durante o decorrer do filme. Fruto dos novos tempos, o documentário não só foi financiado parcialmente pelo sistema de crowdfunding como também disponibilizado simultaneamente em diferentes plataformas: dvd/bluray, streaming, no Youtube e no avô de todos, o cinema.
Saiba mais sobre o projeto: www.eumaior.com.br
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